segunda-feira, 20 de março de 2017

SOBRE O REVÉS DO NACIONALISMO


"Em 2003, o economista e escritor argentino Walter Graziano escreveu “Hitler Ganó La Guerra” (Editorial Sudamericana, 2004). Enumera neste trabalho os casos que investigou sobre as falsidades levadas às pessoas e repetidas pela comunicação de massa e até mesmo ensinadas nas escolas e universidades.

Entre elas está, por exemplo, a Teoria Econômica de Adam Smith, desmentida pela demonstração matemática da Teoria dos Jogos, por John Nash, e pela pesquisa de Richard Lipsey e Kelvin Lancaster, formuladores do “Teorema do Segundo Melhor”. Também trata das mentiras sobre o petróleo, a energia, as ações que não chegam ao público dos órgãos de espionagem e preparação de golpes dos Estados Unidos da América (EUA), do grupo Bilderberg e do 11 de setembro estadunidense, que aprisionou os próprios norte-americanos no “U.S. Patriot Act” e desencadeou as guerras, ainda em curso, no Iraque e em selecionados países do Oriente Médio e norte da África. Sobre esta farsa o escritor e jornalista francês Thierry Meyssan estará lançando, nos próximos dias, o livro “Sous nos Yeux. Du 11-Septembre à Donald Trump” resultado de suas investigações sobre o que chama “o golpe de estado do 11 de setembro”.

Não temos do que nos queixar, aqui no Brasil. A mídia nativa é dominada, oligopolisticamente, por poucas famílias, e age sempre articulada com interesses estrangeiros. Nossa didática é colonial, incutindo-nos, desde a tenra infância, preconceitos e teorias absurdas sobre nosso próprio povo e nossa capacidade.

Chegamos então ao ápice do combate à nação brasileira com a Operação Lava Jato, apresentada como um instrumento de combate à corrupção.
Vejamos o seu sucesso nestes três anos de existência. Talvez o mais grave, pois a economia sempre pode ser reconstruída, seja a mentira e a hipocrisia como instrumento de poder. E nem aí estaremos sendo originais.

Nem tratarei da extinção da engenharia brasileira, pois qualquer um que tenha dois neurônios em funcionamento já percebeu. Também não escreverei sobre a ação de desmoralização da mais competente empresa de petróleo para as áreas oceânicas profundas, onde o petróleo já é produzido desde agora e no futuro o será unicamente, tirando o País da competitividade que ameaçava as empresas das potências coloniais.

Vou me ater a ação destrutiva dos agentes estrangeiros, infiltrados no judiciário, na procuradoria e na polícia, aliciados em cursos promovidos pelo Departamento de Estado dos EUA, por viagens de estudo ou de prêmio (sic) ao exterior, ou simplesmente pela vaidade e pela vontade e espírito, não o talento, de encenação diante das câmeras, na tentativa de extinguir outra área onde o Brasil se tornou capaz de enfrentar a concorrência externa e surgir como potência econômica e administrativa: a produção de alimentos, principalmente os processados.

Tenho convicção que não foi por mero acaso que este “escândalo”, seguindo o padrão Lava Jato, se deu numa sexta-feira, para ser capa das revistas semanais, lançadas no sábado, matéria dos jornais televisivos, sem possibilidade de acionar defesa efetiva, pois estará no paralisante fim de semana.

Vamos discorrer um pouco sobre esta indústria exportadora de alimentos. Acompanhei há muitos anos, ainda que indiretamente, as tratativas nacionais para exportação de carne para os países árabes e para Israel. Havia diversos protocolos a serem cumpridos e a permanente presença de fiscais dos importadores nas unidades produtoras brasileiras. Todos os procedimentos constavam dos contratos de exportação, suas comprovações e atestados, além das penalidades e foros de arbitragem e julgamento. Não era uma ação improvisada, sujeita a humores e venalidades, ao sabor de seus executantes. No entanto, aqui e em quase todos os países em que trabalhei ou onde observei estes processos de autorização administrativa, a corrupção existe e não será um simples sistema de controle que a impedirá. É o fiscal que deixa de conferir o volume ou as autorizações, é um chefete que dorme com o papel na gaveta e todos os que têm ou tiveram que lidar com processos administrativos, públicos, privados ou terceirizados, sabem muito bem o que e como ocorre. Repito que isto não é privilégio nacional, nem de país colonizado. Nas potências, nos colonizadores ele está presente em volumes e frequências que só a mídia venal e hostil ao Brasil oculta.

Por que então o “escândalo da carne”? Porque envolve outra área onde as empresas brasileiras ganharam competitividade e crescem a cada dia. A mesma filosofia Lava Jato que só encontra “corrupção” nas empresas brasileiras que atuam em todo o mundo, com competência técnica e gerencial, que ganham concorrências nos EUA e na Europa, disputando com as grandes corporações locais, e possam ser prejudicadas, punidas, judicialmente ou pelo mercado. Acaso alguma empresa estrangeira esteve envolvida nos “escândalos” da Lava Jato? Algum grande executivo ou acionista destas empresas que, até recentemente, abatiam os subornos no Brasil e em países estrangeiros de seus impostos nacionais foi sequer mencionado na imprensa ou coercitivamente, sob holofotes, intimado a depor?

Desde que a banca ou o Poder financeiro ou, nas palavras do grande brasileiro Adriano Benayon, a “oligarquia financeira” tomou conta de nosso País, o que vemos no Brasil é o crescimento da corrupção, da alienação de nossas riquezas e o controle externo de nossa economia. E tudo isso foi exponencializado com o Golpe de 2016.

Este escândalo do dia em relação a empresas brasileiras exportadoras de produtos alimentícios, industrializados ou processados se insere no projeto Lava Jato de desmonte nacional, como aconteceu com a engenharia nuclear, a engenharia de montagem, as prestadoras brasileiras de serviços na área de petróleo e energia, e todo conhecimento e empregos de pesquisa e desenvolvimento nestas áreas. Em resumo: com o retorno ao Brasil Colônia, com um dirigente fantoche.

Esta guerra do capital especulativo, do capitalismo estéril, contra o capital produtivo, o capitalismo industrial, está sendo ganha pelo primeiro, mesmo derrotado nas urnas. Hitler vem ganhando a guerra que propõe a dramática redução da população mundial. E o faz, como só poderia fazer, com embustes, farsas, falcatruas e muito cinismo."






(De Pedro Augusto Pinho, post intitulado "Operação Lava Jato, três anos destruindo o Brasil e Hitler ganhou a guerra", publicado no Jornal GGN - aqui.

Selecionamos dois comentários a propósito do texto acima:

1. [Alex] - "Pedro Augusto Pinho, usando o discurso do próprio para o difamar!   Desonestidade intelectual?

E impressionante como a esquerda frequentadora deste site insiste em não dar o braço a torcer. Agora o Sr. Pedro cita Hitler ["Estamos lutando contra dinastias financeiras, lutamos contra a plutocracia. O mundo pode escolher: ou todo o poder ao capital, ou a vitória do trabalho!" Adolf Hitler] e o coloca do outro lado da trincheira!
Qual a dificuldade de admitir? Sim, Hitler começou sua luta motivado pela aversão às mesmas forças que nos dominam e destroem todos os países que ousam tentar independência e soberania. Poderemos questionar e condenar seus métodos, se ele foi ativo ou reativo! 
A esquerda precisa definitivamente separar a agenda humanista da econômica!
O nacionalismo da esquerda brasileira que quer o petróleo e os recursos naturais para os brasileiros, não tem nada de pacifico com a agenda humanista dos liberais/humanistas/George Soros!
Esta agenda humanista/globalista  patrocinada pelo financismo internacional é o cavalo de troia da alta finança para dominar os países periféricos!
Qual a dificuldade de entender isto?
Muito bom que agora as grandes empresas nacionais estejam levando este tranco! Quem sabe agora elas percebam com quem estão lidando! Temos que ter sim a defesa de nossas empresas e empregos! Economia que trabalha e gera riqueza real, contra a especulativa! Esta é a real luta Capital X Trabalho. Não a equivocada e propagada [luta] de patrões e empregados!"
....
2. [Oscar] - "Hitler perdeu a guerra. Esta inversão dos fatos é de uma fajutice atroz.
A Alemanha na época estava sem saída, toda minada pelas sociedades secretas compostas
por pseudos  alemães. Aqui também vemos sabotadores com cidadania e nomes típicos
tradicionais brasileiros agindo da mesma forma. Sabemos qual é a pátria verdadeira
dessa gente. A Alemanha na verdade deve a Hitler ter saído do atoleiro. Aconteceu que
ele se enfureceu ao constatar o programa resumido, constante nos  "Protocolos" do Theodor Herzl.
No Brasil nenhum lider bom, honesto, envangelizado e conciliador  tem chance de corrigir essa
realidade infame que cada vez mais está se enraizando contra a nação.
A veracidade destas constatações pode ser aferida quando se observa qual é o ralo pelo qual
nossas riquezas estão sendo sugadas. Quem ganhou a guerra não foi a Rússia, nem a Inglaterra e
muito menos os Estados Unidos, mas sim o grande capital, que promove, financia os dois lados dos
conflitos e ganha nas duas pontas. Cobram indenizações dos perdedores e participam do butim
ao lado dos que levaram a melhor."

....
Dica de leitura


Considerações e estatísticas sobre a Operação Carne Fraca 

O problema da Operação Carne Fraca é o seguinte.
A Polícia Federal esqueceu que a sua função é proteger o cidadão, as empresas nacionais e o governo. Proteger o cidadão (e seu emprego!) contra fraudes, as empresas nacionais contra fraudadores, e o governo contra corruptos.
A PF, ao invés disso, inverteu seu papel: tornou-se uma espécie de agência adversária da sociedade. Sua meta tem sido agredir o cidadão, destruir empresas e derrubar governos.
Se a PF identificou, há mais de dois anos, que havia problemas no mercado de carne, deveria ter alertado o governo, as empresas e os cidadãos, para que ninguém tivesse prejuízo. O governo não seria vítima de mais um processo de instabilidade, as empresas não estariam sujeitas a prejuízos bilionários, e os cidadãos não se arriscariam a consumir produtos de qualidade duvidosa.
É o mesmo problema que vimos na Operação Lava Jato. Enquanto os serviços de segurança de outros países entendem que sua missão é proteger as empresas nacionais e defender os interesses do país, o nosso sistema de repressão vê tudo com as lentes de um agente inimigo.

E agora, para se defender das críticas, a PF provavelmente se sentirá forçada a promover uma “campanha” contra o setor de carne, emulando a estratégia de destruição que fez na Lava Jato. [...]  -  Para continuar a leitura do post de Miguel do Rosário, clique AQUI).

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