terça-feira, 9 de maio de 2017

PARTICIPAÇÃO DA UNIÃO NO BB: NO LIMITE


Participação da União no BB cairá para 50,7%

Do jornal Valor Econômico

A União vai ficar próxima ao limite da participação mínima necessária para manter o controle acionário do Banco do Brasil. O Tesouro determinou na sexta-feira a venda das ações do banco público detidas pelo fundo soberano. A operação, que já havia sido anunciada pelo governo no ano passado, será realizada ao longo dos próximos 24 meses. Após a negociação, que pode se estender até maio de 2019, a participação da União no capital do BB cairá de 54,4% para 50,73%. 

(...) A margem da União no controle do banco vem caindo desde 2015, quando a participação passou de 57,9% para 57,7% após o governo se desfazer de uma pequena parcela das ações do fundo soberano para reforçar as contas públicas. A operação, feita na época sem aviso prévio ao mercado, provocou forte oscilação nas ações do BB.

No ano passado, a União perdeu mais 3% do controle do banco. As ações, que foram usadas para capitalizar o Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN), tiveram de ser entregues aos credores da Sete Brasil, fornecedora de sondas da Petrobras que entrou em recuperação judicial. Esses credores tinham operações cobertos pelo fundo naval.

(...) A venda das ações do BB deve pôr fim ao fundo soberano brasileiro. Criado em 2008, em um período em que o governo contou com uma folga fiscal, esse bolsão de recursos tinha como objetivo promover investimentos em ativos no país e no exterior.  -  (Matéria reproduzida aqui).

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Desfeito o fundo soberano, desfeitas as reservas, devolvidos 100 bilhões de reais à União pelo BNDES, a cada dia refluirão os investimentos com recursos públicos, enquanto o serviço da dívida pública resultará cada vez mais assegurado (AQUI), a despeito de seu montante elevar-se a cada dia. Quanto ao BB, o temor é que tudo isso seja a antevéspera da privatização, tentada em meados dos anos 90, no governo FHC, e que tinha a companhia de outras empresas, como Petrobras.

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