domingo, 6 de agosto de 2017

SOBRE GOOGLE, SELETIVIDADE E DIREITO À INFORMAÇÃO


Comentário do leitor Euclides Trivoli a propósito do post "O Google começa a censurar a divergência" - AQUI -, título alterado por outros sites para "Google estaria a caminho da 'censura política'?" - aqui -:

"Existe uma empresa chamada DISQUS, que faz o monitoramento nas seções de comentários de diversas agências noticiosas. Quando você comenta algum tipo de informação, e o texto demonstra não concordância com políticas dos USA, esse DISQUS 'encaminha' a sua prévia confirmação para um endereço de e-mail não existente, o que impede a liberação do texto para divulgação. E não é possível acessar o site da empresa, para corrigir o erro… coincidência, não é mesmo ? Estas 'falhas técnicas' ocorrem somente quando seu perfil já foi definido… qualquer programinha vagabundo faz o seu 'perfil' (está na moda, não é mesmo ?) e, a partir da caracterização, permite ou não que você exponha os seus pontos de vista e opiniões sobre qualquer assunto trazido à análise. Se você não é amigo, eles pedem prévia confirmação de endereço de e-mail a operadoras inexistentes e, por falta de confirmação, bloqueiam a matéria… Impressionante o que existe nesta internet!"
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Nenhuma 'novidade' relacionada à rede ou ao Google - ambos criados/geridos pela Metrópole - deveria causar estranheza ou surpresa. Não obstante, convém ler o que se oferece a seguir, para ver como a, se for o caso, novel diretriz pode(ria) ser implementada:



"Um estudo alarmante demonstra: a pretexto de combater as 'fake news', sistema de buscas esconde conteúdo dos sites que se colocam à esquerda, ou contra a política externa dos EUA
Por Andre Damon e Niles Niemuth, no WSWS | Tradução: Inês Castilho
Nos últimos três meses, desde que o  Google anunciou seus planos de não deixar que usuários acessem “fake news” (notícias falsas), o tráfego global de um amplo leque de organizações de esquerda, progressistas, contra a guera ou em favor dos direitos democráticos teve queda significativa.
Em 25 de abril, o Google anunciou que havia implementado mudanças em seu serviço de busca para tornar mais difícil acessar o que chamou de informação de “baixa qualidade”, um conceito que inclui as chamadas “teorias de conspiração” e “fake news”. A empresa afirmou, num post de seu blog, que o propósito central da mudança em seu algoritmo de busca era obter maior controle na identificação de conteúdo considerado duvidoso em seus manuais. Declarou que havia “melhorado nossos métodos de avaliação e atualizado os algoritmos” de modo a “evidenciar conteúdos mais autoritários”.
O texto continuava: “No mês passado atualizamos nossas Diretrizes de Avaliação em Qualidade de Busca para fornecer exemplos mais detalhados de páginas de baixa qualidade na web, para que os avaliadores as denunciem adequadamente”. Esses moderadores são instruídos para sinalizar “experiências desagradáveis de usuários”, incluindo páginas que apresentem “teorias da conspiração”, a menos que “a consulta indique claramente que o usuário está buscando um ponto de vista alternativo”.
O Google não explicita o que quer dizer com a expressão “teoria da conspiração”. Usando a categoria ampla e amorfa de “notícias falsas”, o objetivo da mudança no sistema de busca é restringir o acesso a sites alternativos, cuja cobertura e interpretação dos fatos conflitam com as de meios de comunicação do establishment tais como o New York Times e o Washington Post.
Ao sinalizar conteúdos de modo que não apareçam nas primeiras páginas dos resultados de busca, o Google é capaz de bloquear o acesso dos usuários a eles. Dado o fato de que grandes quantidades de tráfego na rede são influenciadas pelos resultados de busca, o Google é capaz de efetivamente esconder ou soterrar o conteúdo divergente, por meio da manipulação de rankings de busca.
Exatamente no mês passado, a Comissão Europeia multou a empresa em 2,7 bilhões de dólares por alterar resultados de busca para dirigir os usuários, de forma fraudulenta, a seu próprio serviço de vendas, o Google Shopping. Agora, parece que o Google está usando esses métodos criminosos para impedir que os usuários acessem visões políticas que a empresa julga indesejáveis.
World Socialist Web Site (WSWS) foi um dos alvos dos novos “métodos de avaliação” do Google. Enquanto em abril de 2017 as buscas do Google deram origem a 422.460 visitas ao WSWS, este mês o número caiu para cerca de 120 mil, uma queda de mais de 70%. Mesmo usando termos de busca tais como “socialista” e “socialismo”, leitores nos informaram que tiveram cada vez mais dificuldade para localizar o World Socialist Web Site nas buscas do Google. (...)
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