terça-feira, 12 de dezembro de 2017

DURÁN CHEGA À IMPRENSA EQUATORIANA

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As revelações do senhor Rodrigo Tacla Durán à CPMI da JBS - AQUI - não obtiveram repercussão na mídia brasileira. 'Sintomaticamente', aliás, a sessão da CPMI em que o advogado prestou depoimento ao longo de quatro horas foi mostrada pela internet - aqui -, visto que as TVs Câmara,  Senado e GloboNews lhe negaram espaço. Mas, como diria o outro, que ela existiu, existiu. E ao menos a mídia periférica - como a equatoriana - parece ter vislumbrado importância jornalística. Há quem diga que Tacla Durán, por seus antecedentes, não merece crédito. Pode ser. Mas, diante de tantos episódios, digamos, curiosos observados nos últimos anos, a alegação soa um tanto contrassensual.


Jornal equatoriano divulga acusações de Durán sobre indústria da delação

"Ex-colaborador da Odebrecht afirma que delações foram falsificadas para prejudicar políticos", anunciou o Ecuador Inmediato, jornal online equatoriano. O portal repercutiu no país latino, nesta segunda-feira (11), uma publicação do Valor Econômico sobre as últimas acusações do advogado Rodrigo Tacla Durán: "o ex-operador financeiro da Odebrecht acusou as autoridades da Operação Lava Jato de promover 'delações a la carte'", divulgou.
O diário afirma que as táticas dos investigadores da força-tarefa do Paraná tinham como objetivo "incriminar políticos e autoridades". Duran contou que negociou um acordo de delação premiada com autoridades, entre eles Sérgio Bruno, coordenador da força-tarefa da Procuradoria-Geral da República (PGR), durante a gestão de Rodrigo Janot, e também com Marcelo Miller.
"[Durán] mencionou que quando esteve com Marcello Miller, o então procurador teria listado, nome por nome, alguns parlamentares e autoridades e perguntado ao advogado: 'Qual deles você conhece, o que você pode entregar?'", reproduziu Ecuador Inmediato.
jornal equatoriano também informou que Tacla Durán percebeu que havia uma acusação do Ministério Público contra ele para obter a confirmação de alegações. Em troca, Durán teria que confirmar casos, para que fossem fechados "somente com a delação premiada, sem comprovação dos fatos, sem investigar, sem levantamentos".
"'Esse é o sentido da indústria da 'delação', disse o advogado", completou o diário, que também elencou a relação com Carlos Zucolotto, apontado pelo jornal como "padrinho de casamento do juiz Sergio Moro", para negociar o acordo de Durán. Zucolotto teria oferecido a ele uma redução dos US$ 15 milhões para US$ 5 milhões da multa que seria imposta, mas o advogado teria que pagar mais US$ 5 milhões em honorários advocatícios, "por fora", destaca a matéria.
Em resposta, o ex-procurador e advogado Marcello Miller negou, em nota, as acusações de Durán e disse que o advogado é "antes de tudo, um criminoso, que a pretexto de exercer a profissão de advogado, delinquiu grave e repetidamente".  -  (AQUI).

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