quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

SOBRE VANTAGENS E TRANSPARÊNCIA DO JUDICIÁRIO


"...Desde a semana passada, o CNJ passou a disponibilizar, na área de Transparência do portal do conselho, os dados relativos aos salários e benefícios dos magistrados de dezessete tribunais, envolvendo as seguintes esferas do Judiciário: Estadual, Federal, Eleitoral, Trabalhista e Militar.

Na Justiça Estadual, dos 27 TJs apenas sete encaminharam, até as 18 horas desta segunda-feira, 4, os dados ao CNJ – Amazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, Roraima, Pará, Paraná e Pernambuco.

Na Justiça Federal, apenas o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul) mandou informações.
Na Justiça Eleitoral, foram encaminhadas ao CNJ as informações de cinco Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) – Alagoas, Piauí, Amapá, Santa Catarina e São Paulo.
Em relação à Justiça do Trabalho, apenas os Tribunais Regionais do Trabalho da 11.ª Região (Amazonas e Roraima) e da 13.ª (Paraíba) encaminharam os dados solicitados.
O Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo foi o primeiro, do segmento militar, a enviar suas informações. À medida que os demais tribunais enviarem seus dados, de acordo com o modelo unificado e padronizado pelo CNJ, as informações serão também publicadas.
As informações solicitadas pelo CNJ estão de acordo com a Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011 – Lei de Acesso à Informação – e da Resolução n. 215, de 16 de dezembro de 2015."  
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Acima, a parte final de matéria publicada ontem, 5, no Estadão, com reprodução pela Folha de São Paulo ("Cármen Lúcia dá 48 horas para tribunais informarem holerites de todos os juízesAQUI), sobre determinação do Conselho Nacional de Justiça consistente na informação, pelos diversos tribunais, de todas as vantagens (subsídios e verbas especiais de qualquer natureza) auferidas por operadores do direito nas várias unidades da Federação, para disponibilização dos dados à sociedade.
Observações da ministra Cármen Lúcia, presidente do CNJ e do STF, que em 20 de outubro entregou a cada presidente de órgão planilha a ser seguida:
"Quero terminar o ano mostrando para a sociedade que não temos nada para esconder." 
"Tem tribunal dificultado e isso não pode acontecer". (Segundo o jornal, a ministra ficou 'horrorizada' quando, ao testar pessoalmente o nível de transparência de páginas eletrônicas dos tribunais, teve que passar por 18 cliques em um dos sites).
"Eu preciso desses dados para mostrar que nem todo 'extrateto' é uma ilegalidade. Não compactuamos com ilegalidades. Sem isso, fica difícil defender". 
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A ministra explicou que alguns 'extratetos' - como uma ajuda de custo, uma diária... - são permitidos. Mas... que 'extratetos' estariam sendo ilegalmente pagos? Que vantagens estariam sendo concedidas em afronta ao direito e ao teto constitucional? É isso o que o CNJ e o público querem saber.
... E pensar que um ministro do STF, com uma singela canetada, autorizou, no longínquo 2014, a concessão de auxílio-moradia a milhares de juízes e integrantes do Ministério Público Brasil afora, e até hoje o despacho desse douto ministro pende de homologação por parte da Suprema Corte, enquanto a benesse é religiosamente paga mês a mês, convindo frisar que ela é infensa a imposto de renda e ao 'tal' teto constitucional a que alude a Constituição Federal em seu artigo 37, XI...

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